Exposição realizada no Ponto de Cultura do IAB
Porto Alegre | RS no período de 08|08 a 09|09|2019

Cláu Paranhos e Leandro Selister

“Em minha casa reuni brinquedos pequenos e grandes, sem os quais não poderia viver. O menino que não brinca não é menino, mas o homem que não brinca perdeu para sempre o menino que vivia nele e que lhe fará muita falta.” Neruda

Descobrimos muita afinidade no nosso trabalho ao longo de toda a nossa trajetória, como o bom-humor, o afeto, a brincadeira. Já havíamos trabalhado juntos em outros momentos e nos divertido muito com isso. Também temos em comum que ambos colecionamos brinquedos e, em um determinado momento, criamos os nossos próprios: as Bonecas Feias e a coleção Um Amor de Robô. Esse é o ponto de onde partiu a ideia de fazermos uma exposição juntos.

O brincar é uma necessidade dos dois, na vida e na arte. Buscamos compreender essa necessidade e descobrimos o quanto o brincar é poderoso e libertador na vida adulta, sendo inclusive comprovado cientificamente: Stuart Brown, psiquiatra e fundador do National Institute for Play, afirma: “Nada ilumina mais o cérebro do que brincar“. A brincadeira muitas vezes é confundida com a falta de seriedade quando, na verdade, o não-brincar não torna as pessoas mais sérias, e sim, mais tristes.

Foi justamente a tensão e o stress dos tempos atuais que nos fez compreender que a brincadeira também pode ser vista como um antídoto para tempos tão difíceis e ambíguos. Para nós, a arte é uma forma de acessar esse universo e, então, trazemos essa provocação ao público: afinal, por que deixamos de brincar quando crescemos?